Lembro da vista do mar do alto com o Daniel, Forte de Santa Teresa pela primeira vez, e tudo na Natureza era uma mensagem sem razão ou com uma consciência linda e muito estranha.
Lembro do mar do Siriú com a Lica sem parar de falar e uma viagem inteira de dedicação.
Lembro do caminho em volta do morro com a Beba e o Homem-Pedra que subia e que me ensinou tanto. Da gruta de antes também Peck e a montanha nos mostrando como soa por dentro.
Lembro do abraço da Aline e do tanto que tinha ali, batida de coração e vontade. Do susto no carro e meu receio eternamente desvelado.
Lembro da conversa com o Iacã que só pôde ter lugar lá em cima, da vista, do vento, e dos dois pontos luminosos que vagaram do outro lado – aliados.
Lembro da praia com o Waltrudez e tudo o que ele é, o mais incrível, amigo.
Lembro da rede madrugadas em que descobri a Ieve e nunca mais soltei.
Lembro da Clarice de muitas surpresas, de longos papos e alguns beijos, e como perdi num ciúmes bobo. Lembro da Carol e da sua amizade imensa que minha adolescência tornou pequena. Lembro do Léo de tantas conversas e tanta importância até hoje, mesmo anos que não o vejo.
Lembro das brincadeiras cheias de gargalhadas com meu irmão.
Lembro dela, Fernanda que me pediu um beijo no meio do show, que se mudou e nunca mais vi, assim, simplesmente.
Lembro de estar sozinho tantas vezes, só e bem, e as pedras me acolherem, e o vento – sempre o vento. Lembro do topo da montanha de 4 Ilhas, o lugar sendo tanto, meu mundo virando, anoitecendo e a Lua guiando minha descida. Lembro da virada na Armação, a ponta pra dentro do mar, e a sensação de que a Terra estava despertando.
Lembro das minhas casas perdidas, que nunca vão se perder de dentro de mim; dos lugares que também são minhas casas, dos amigos que são meus lugares.
Lembro...
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