18 de setembro de 2005

falando nisso

, recomendo: A era da incerteza, de John Kenneth Galbraith. 9ª edção, editora pioneira NOVOS UMBRAIS. sei que saiu também pela thomsom pioneira, mas nao conheço essa edição (aliás, posso estar falando é bobagem).

Resumo da livraria cultura: As idéias dos economistas e filósofos sociais dão origem às nações e aos acontecimentos, mesmo quando não sabemos de onde provêm. Sua influência foi decisiva nas transformações sofridas pelo mundo nos últimos 200 anos. Galbraith pesquisa essas idéias - de Smith e Spencer -, passando por Marx, até Keynes e os conceitos que deram origem à Guerra Fria, aos conglomerados empresariais, às lutas no Terceiro Mundo e à natureza do poder democrático.

17 de setembro de 2005

Bloomsbury Group

21:36 pm de sábado e eu me pego estudando the bloomsbury group. um grupo de amigos que se conheceu por volta de 1900 e, por compatibilidade de gênios, acabou se tornando uma das maiores influências culturais inglesas do século XX. t.s. elliot enviava suas publicações em primeira mão para o grupo, afim de fazer tipo um beta test. publicaram algumas coisas, riram muito, acabaram com produções artísticas devido críticas ferinas e até fizeram uma ponta no filme "as horas" que reconta parte da vida da virgnia woolf em mescla com suas personagens.

mas, pera aí, um dos integrantes dessa galera cool é john maynard keynes? sim, virginia woolf não é de se surpreender, mas o keynes? o cara que ditou as regras economicas que vingam até hoje? um ECONOMISTA? pois sim, e genial.

keynes é um dos principais expoentes da economia mundial, lançou a the economic consequences of the peace, texto polêmico e bem interessante mas, sem duvida, seu trabalho de maior impacto foi a teoria geral do emprego juros e capital (por algum motivo, keynes suprimiu s virgulas no título de seu trabalho.. não sou eu quem vai po-las), que basicamente quebra a idéia de que a tendência de qualquer sistema capitalista é encontrar o equilíbrio no pleno emprego.

além disso, frisou a idéia de que os governos só mantém o sistema capitalista saudável e em constante evolução contraindo empréstimos e reinvestindo o suficiente para pagá-los, com juros estipulados por instituições de alçada mundial.

keynes se casou com uma bailarina russa (cara de sorte) e se tornou lorde em 1942. era um fiadaputa, tendo se envolvido com praticamente todas as mulheres (e, dizem, alguns homens) do bloomsbury group.

bela figura. gente boa. esse aí se deu bem.

14 de setembro de 2005

Da fome de viver

"O mais urgente não me parece tanto defender uma cultura cuja existência nunca salvou qualquer ser humano de ter fome e da preocupação de viver melhor, mas extrair, daquilo que se chama cultura, idéias cuja força viva é idêntica à da fome.

Acima de tudo precisamos viver e acreditar no que nos faz viver e em que alguma coisa nos faz viver - e aquilo que sai do interior misterioso de nós mesmos não deve perpertuamente voltar sobre nós mesmos numa preocupação grosseiramente digestiva.


Quero dizer que se todos nos importamos com comer imediatamente, importa-nos ainda mais não desperdiçar apenas na preocupação de comer imediatamente nossa simples força de ter fome."

(Antonin Artaud, "O Teatro e seu Duplo", prefácio: O teatro e a cultura)

13 de setembro de 2005

Salve a hipocrisia!

dos senhores doutores de família escaparam todos os silêncios. suas vidas e casas são repletas de tampões disfarçados de TV, música a escolher e papo furado. seus comportamentos fazem orgulhosos os ruídos dos bons modos.

o único silêncio que permanece, heróico, é o do amor. contra esse, só restou aos senhores doutores de família criar a hipocrisia. e ela é, de fato, sua única encenação verdadeira.