26 de abril de 2006

Aquele CC lá em baixo

Registrei a fraguExperimentos em Creative Commons. Agora tenho um copyright. Não é o máximo?

É mesmo: os CCs não são só um jeito de eu dizer "oh galera, esses textos são meus, viu?". Tampouco estão preocupados em afirmar o que não pode ser feito com eles. A lógica é justamente contrária: a licença pelos Creative Commons se preocupa em dizer o que se pode fazer com tudo isso.

Por exemplo, legalmente falando é permitida a reprodução, cópia e distribuição livre de tudo o que está aqui. Pode-se, além disso, criar trabalhos derivativos a partir desses textos ou da idéia desse blogue, e inclusive ganhar dinheiro com isso. As duas condições, que podem ser esquecidas com a minha autorização, são que meu nome seja citado e que qualquer citação ou remix tenha também essa licença à recombinações.

Não é lindo? E dá pra registrar qualquer coisa em CC: músicas, vídeos, projetos... o que for. É um troço recente no Brasil, de forma que as coisas ainda estão se encaixando. Por exemplo, não há registro de domínio público no nosso país, de forma que não se pode dizer que algo é da autoria de alguém e ainda assim é de todos. Mas, vai, mexendo a gente chega lá.

A página dos Creative Commons, que ensina como registrar seu blog ou página da inet - e tudo o mais a respeito deles.

Tá, importantíssimo dizer: estão declaradas as condições legais de uso desse material que publico aqui. Acho bacaníssimo que estejamos constantemente criando formas institucionais de possibilitar o bacana, o intenso, o vivo. Por isso, por tudo o que se faz em embates burocráticos, ainda acredito na criação de leis, nos enjambres jurídicos e essas coisas todas - porque o bicho pega, e é bom poder criar uns espaços livres no meio da máquina. MAS nada disso quer dizer que a legalidade me tem sob controle. Ótimo, agora a fraguE tem um registro, mas se alguém um dia quiser fazer disso aqui algo que fuja ao permitido, bom ou mau, vou achar do caralho! Ou seja: bom ver as possibilidades do legal, mas não seja capturado, meu amigo, que se a gente ficar só nos embates burocráticos, estamos ferrados...

Vá batalhar pra ser livre, mas cuide pra não fazer da arma - e da armadura - a própria prisão.

Beijo!

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