30 de julho de 2007

Gregos e Indianos

Certa vez, o Rei Midas encontrou um sábio chamado Silenas. A ele, perguntou qual seria a melhor coisa do mundo. O sábio, sendo sábio, respondeu:

- Infeliz raça de efêmeros, filhos do acaso e da dor, por que tu me obrigas a te dizer palavras que em nada te serão úteis? A melhor coisa do mundo está fora do teu alcance: não ter nascido; não ser, não ser nada. Em segundo lugar, o melhor para ti seria morrer logo.

Tendo lido sobre essa certa vez, fico me perguntando se não eram os sábios gregos uns verdadeiros budistas...

Diálogos

- Sabe, com essa agora estás em um um mau humor constante. Será que vale a pena fazer regime para perder uns quilos e ganhar uma úlcera?

21 de julho de 2007

o vento da estrada sopra. estou tocado. se algo muda, toda mudança leva a tristeza do que se vai, e parece tanto que eu me vou que fico, em movimento, quase paralisado. quero um abraço, mil bons abraços de bons amigos, quem sabe um bom beijo. temo pela minha tanta vontade de ser amado. mas amo. e parece que a qualquer momento vou desabar em choro...

16 de julho de 2007

me voy!

com muita pretensão (que não ter minhas palavras anunciam como falsa), e mais uma vez inspirado no Mago-de-Macanudo, me voy! volto em Agosto!

9 de julho de 2007

Tudo bem?



Liniers

Colcha de Retalhos

recebi de uma amiga, que recebeu de uma amiga por ser a cara dela, mas é de uma grande amiga dessa amiga. e como é um pouco de mim... pessoas colchas de retalhos, me disse quem me mandou, tão, tão queridamente. é a gente, quem sabe.


Eu não consigo ser uma coisa. Não consigo viver por algo. Tenho esse saco sem fundo onde cabe o mundo. Mas cabe tanto, tanto, que vivo vazia. Porque ainda não aprendi a me preencher. Porque ainda ando por aí meio maravilhada e irritada, caçando meus pedaços, desejos e inspirações. Até que depois de ver um pouco de tudo e todos, eu saiba finalmente que cara e que forma tem o meu mural de recortes, a minha colcha de retalhos.

1 de julho de 2007

Tempo Foi

tempo passou já se foi, eu não queria que fosse
tudo pra mim terminou-se
e eu não sou mais o que era
a estância virou tapera
e que era chucro amansou-se
e agora só o que me resta
é a estrada pra bater casco
um dia me deu saudades...
(Iacã)


vai ao longo do caminho, amigo
portando teu estandarte
vermelho coração
e por mais triste que seja teu rosto
por mais tristezas que guardem teu sorriso
a Terra que abraça teus pés
sempre rege a celebração que vem
da tua vida

tua vida
cheia de tristezas
asperezas
para além da muita alegria
é mais rica
do que qualquer uma
porque nos enche a todos
e a ninguém
(enche o ar entre nossos corpos)
de uma energia que
ciência nenhuma explica
mas a gente sente sem titubear

leva, amigo
esse estandarte
cor-de-sangue
esse estandarte vermelho
como tua alma explosiva
e segue

celebra cada passo
cada tristeza
cada alegria
como quem faz em elegia
aos que foram
a maior homenagem
de quem ainda vai ir:

"nos esperem,
queridos,
que a gente só sai daqui
quando tudo for vermelho-fogo
incendiado com nossas presenças
arrebatado de nosso amor
e, com nossas mortes
um pouco mais vivo
do que antes"


(homenagem pra ti,
amigo-irmão
com uma canção
que sirva
do melhor abraço
um que diga:
te amo!)