21 de maio de 2007

15 de maio de 2007

Inversibilidades

um não sempre aponta para a possibilidade do sim.

mentes inspiradas tem idéias malucas.

a beleza se mostra mais fortemente quando estamos descuidados.

14 de maio de 2007

Segunda-feira

acordo com dores de pré-gripes. tudo está mais amortecido, ou é um efeito de despertar o que sinto? não sei quando sou automático e quando desperto, não sei ser, concluo. incluo que essa vida é coisas demais e não adianta querer não errar. lamento a falta de tempo pra errar um pouco mais, eu que estou sempre tentando fazer tudo durar um tanto, ao passo que corro (de velocidade, de fuga).

essa vida é uma loucura. e as Segundas-feiras são ainda mais estranhas do que os finais de semana...

13 de maio de 2007

Oratória

Palavra glaceia na boca
toma medida
no olhar
A palavra
estudada
(palavra-boneca
arranjada em buquê)
maqueia
sorriso amarelo
e da nó
na gravata

10 de maio de 2007

A Palavra

Chegou a palavra e
aflorou desde dentro
palavra sem coisa
dentro antes coisa

A palavra veio
em desabando
irrompeu
explodiu dentro-fora

A palavra
fugidia
despontada
virou incendiária
explosiva
e fez nada da coisa
e tudo de mais

8 de maio de 2007

o frio

o frio matura palavras
fico a mastigar ao passo de
aproveitar o cheiro da
nova temperatura

o frio matura gentes
em processos
entrementes
jeitos

o frio
aventura
matura
anseios

7 de maio de 2007

Trilha

em silêncio sou mais eu.

descobri que mesmo uma cachoeira, onde a água é puro fluxo, tem em si aglomerações que se chocam mais violentamente contra as pedras embaixo, e fluidezas que se tornam quase núvem e aí toda queda vira um aterrisar mais suavizado.

mesmo o fluxo tem durezas e relaxamentos.

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ainda vou me perder na selva.