28 de setembro de 2007

nossa Iluminação de cada dia

Tarthang Tulku me faz pensar não em ir até a Iluminação, mas relaxar e perceber a Iluminação que já está em mim, sentir o ser que já é, e sempre foi, Iluminado.

como? óh Céus! aceito convites para cafés ou chimarrões e muitas dissertações improvisadas a respeito.

aho!

26 de setembro de 2007

todas as coisas são questionáveis.
exceto a luz dos olhares.

17 de setembro de 2007

Mantras Tibetanos

man: semente da mente
tra: transmutação mágica


TAD YATHA OM MUNI MUNI SHAKYAMUNI YE SOHA

(mantra do Buda Shakyamuni, transforma as ilusões e ajuda na autocura. pode ajudar que se visualize o Buda durante a entoação, e é especialmente eficaz nas Luas Cheia e Nova.)


OM AMITHABA HRI

(mantra de Amithaba, Buda da direção Oeste, inspira clareza e compaixão.)


OM MANI PADME HUM HRI

(transforma as emoções negativas e o sentimento através da compaixão ilimitada de Avalokiteshvara. seu canto desoprime o corpo e a mente.)


OM AH RA PA TSA NA DHI

(mantra de Manjushri. corporifica toda sabedoria. a espada de Manjushri corta e atravessa os enganos e a ignorância.)


OM AH HUM VAJRA GURU PADMA SIDDHI HUM

(mantra do guru Padmasambhava, antídoto contra a confusão e a frustração. especial quando cantado bem cedo.)

11 de setembro de 2007

Harry Potter

Bato palmas e faço uma mesura. Ela ganhou! Me venceu. Estou liquidado e feliz.

Através dos sete livros eu flutuei, vivendo a história como um participante sobre o qual os acontecimentos se projetam. Li todos mais de uma vez, alguns mais de duas. Sempre reli o úlitmo lançado antes de comprar um novo lançamento. Passei a lê-los em inglês britânico, delicioso original.

No sétimo, parecia que eu sabia o que estava acontecendo. Achei que havia captado todos os ganchos. Minhas suspeitas pareciam prováveis, e eu compartilhava sentimentos com Harry enquanto meus pensamentos de leitor se adiantavam na trama. "Será que vai ser isso mesmo?", pensei algumas vezes nas últimas semanas. E isso que, ao contrário dos anteriores, esse sétimo me fez mover-me devagar pelas páginas, até mais de sua metade. Sôfrego, angustiante. Difícil.

Mas, no final, ela realmente me venceu. E muito mais elegantemente do que eu poderia tê-lo imaginado. Acontece que ela não simplesmente me fez errado em todas as minhas hipóteses. Ao contrário, ela me fez certo! E, aí está: levou sua história muito além disso.

Ela fez o que eu imaginava, mas fez muito mais.

J. K. Rowling revelou-se uma escritora de verdade. Narradora de primeira, como vi poucos em minhas flutuações de palavras. E ela o é especialmente não porque, como eu já imaginei, sabe esconder os pontos certos de suas histórias; mas o é porque sabe contá-las, e, ainda mais, quer contá-las. E seu querer é tão genuíno e tão genoroso que ela as leva até onde precisarem ir... muito além do que se pode imaginar...

J. K. R. não só escreve: canaliza. E, assim, tece sonhos que não são só dela. Que delícia poder tecer sonhos coletivos!

5 de setembro de 2007

4 de setembro de 2007

Boas idéias

não é sempre que a gente encontra um blog cheio de boas idéias. mídia meio banalizada, né. e também tem essa mania insuportável de ficar escrevendo diários - exatamente como eu faço. heh.

então, um desses Espaços de Boas Idéias é o SpectaculaRPG. blog do Wal, cheio de boas idéias pra quem gosta desse "esporte de imaginação". ou gosta de idéias, ahn.

e agora eu "descobri" o blog do meu amigo Romy: AcompanhArte. passa lá e dá uma olhada, ele tá traçando os espaços da BienalB, aqui em Porto Alegre. útil pra burro! valeu, Romy!

(momento guia turístico, hein? ;o] a gente descobre maneiras simples de ser profundo...)

3 de setembro de 2007

Paragens oníricas

Aos poucos, o que se passou com a gente vai migrando da nossa vida direta para o campo dos sonhos. Aos poucos, eventos inteiros, dias, campos de ligações de significados; nossas narrativas, nossos dias, formas, cores, pessoas. Palavras no que tem de mais rico, potes de carregamento de coisas para além delas - e nem tanto as palavras, mas justamente as coisas, como blocos cada vez maiores de nós mesmos, tornando-se oníricos, sutilizando influências - às vezes uma excelente maneira de torná-las mais fortes.

Com o tempo, quando lentamente as novas formações de coisas pararem de se realizar em nossas vidas, porções de nós mesmos, os "nós" atuais, também passam para o lado de lá. Essas são as "pequenas mortes por inanição" da nossa multiplicidade. No que tocamos os outros, é o que acontece conosco naturalmente, quando nossa influência vai ficando cada vez mais etérea (e, também, dependendo da sua naturaza, mais ou menos forte). Mas para nós mesmos, no presente, isso também se dá. Até morrermos de vez e sei lá o que acontecerá - quem sabe uma passagem total para o lado de lá.

Outro dia, no entanto, me ocorreu de um indício de "movimento ao contrário". Acontece que na ocasião eu sonhava. E, no meu sonho, comecei a pensar em como seria possível trazer um objeto de lá para cá, de forma a acordar segurando-o.

Não sei quanto ao quê me referia no momento. Quem sabe já está por aqui, pendurado no campo mais sutil do meu corpo presente?

Como disse, não sei. Mas em épocas de questionamentos quanto aos entorpecimentos, me pergunto se não é exatemente esse o trajeto para a saudabilidade humana. Uma relação com o lado-de-lá, campo onírico, como a acordar tantas e tantas coisas adormecidas, como a possibilitar coisas que, sem terem adormecido, surgiram mesmo por aquelas paragens (como os Deuses), e, talvez principalmente, como a aumentar nosso campo de relações, de influências, de possibilidades, por pautar a vida não só nisso que podemos ver enquanto acordados, que podemos tocar e descrever concretamente, mas naquele tanto de inominável e absolutamente maravilhoso.