31 de agosto de 2006

Lado de dentro

Meu sangue anda grosso. De levado pele adentro, as veias carregam muito. Pesado um pouco, sono.

Tem um deserto dentro de mim. Tento enxergar: poeira alta de tempestades dançando por todo lado. Medito o que dá. Espero a chance de correr deserto dentro-fora, bater areia com os pés e fazer chover cheiro de terra molhada; virar vento e voar liberto, de um rápido sereno: gargalhada.

Tento enxergar. Fecho os olhos. Tudo um bom; tenho dormido sempre cansado.

Não entendo direito a tristeza que às vezes bate.

Suspiro de vontade.

Espero a chance.

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