10 de agosto de 2006

No Silêncio

Jaz no silêncio
um julgamento que todos escutam
seu não proferimento
certa segurança de permanência

Jaz no silêncio
o afago que sentem nossos ossos
pelo íntimo sólido
da simples amiga companhia

Jaz no silêncio
todas as batidas da angústia
todas as solturas dos suspiros
todos os espaços das falas

Jaz no silêncio
os discursos incontidos, incautos
que só no silêncio
quando jazem as palavras
faz-se sentidos

Jazz no silêncio

Nossas almas dançam

2 comentários:

alice disse...

pode parar de escrever tão bem, faz favor?
onde é a fonte dessa inspiração e criatividade?
talvez eu devesse fazer mais silêncio.
olha lá no meu que tem algo do que não aparece, do que se rouba, do que fica...
lembrei com esse teu aqui.

Pedro Lunaris disse...

pode parar de puxar saco?
vou ficar acostumado!
não que eu não lembrasse de tanta doçura, e mesmo assim ainda fico surpreendido! êh docinho!

beijo pra ti!