22 de agosto de 2006

Família

meu avô dá sustos com gritos ásperos e profundos, fala grosso, assobia, gargalha quando corre e faz absolutamente tudo o que os três pequenos mandam. virar criança é dizer pouco, encanta eles e a mim que como atrasado de horários outros.

o Sol entra pelas janelas de muito vidro, a lareira acesa empresta cheiros a casa inteira, o Guaíba está ali pra ser visto refletindo todo o frio que ainda resta ao ano - e que a gente não mede. nem pede que acabe seriamente.

come-se muito que a ordem é três refeições por uma, sobremesa incluída. fala-se alto (eu não lembrava). o café que era por minha conta tenho errado - no atraso já está pronto e fico com o segundo turno que sempre se faz necessário.

minha prima de três anos e meio diz que tem que aprender a amarrar os cadarços com meu vô porque só ele que sabe. e ele sabe. foi um pai duro de respeito e o avô mais doce que essa terra já viu. e ainda por cima é fechado de transbordar sentimentos pelos olhos cheios d´água e nem palavra a respeito que isso não deve existir não.

com todas as suas coisas, grandiosidades e pequenezas, mesquinharias e gargalhadas, e mesmo falando alto, esses aí são minha ilha e minha catapulta. se eu tivesse escolha, não os trocaria jamais!

4 comentários:

carilevi disse...

que lindo que tu é!
tu e tua familia, tua casa na assunção, tua ceia de final de ano!!
hmmmmmm, a melhor que já comi!! sem dúvida
oba!
famiglia sempre aqui tb!

Carol Disegna disse...

que amor.
tanta saudade do meu vo...
beijo, guri.

carol de marchi disse...

coisa mais linda, mesmo. me fez pensar na minha ilha tambem...

oooo, saudade!

Anônimo disse...

Q lindo!