9 de junho de 2006

Esperar, Meditar, Pensar

É impressionante como consegui internalizar e reproduzir alucinatoriamente o som de mensagem do meu celular. A espera do inusitado imaginado ou não imaginado faz a gente bem estranho. E a espera é oposta ao acontecimento, completamente, como já me ensinou a muito tempo a Gi. É como se, imaginando, a gente já vivesse e não precisasse mais; como se a energia se gastasse. Nada impecável.

Aprendi a meditar. Uma nova amiga muito querida me ensinou uma palavra mágica. O começo foi mais fácil, acho que a surpresa da prática pegou meu racional direitinho, agora já está mais difícil de novo e eu sinto uma angústia desconfortável às vezes. Acho que é meu Eu agonizando. Das melhores vezes senti a palavra-mantra como uma chave pra rasgar o véu que me rodeia. É lindo e seguirei tentando. Quem sabe eu volto voando pra Porto Alegre, ou então medito contemplando um rio e deixo ele me levar.

Aliás, que saudades de contemplar! Ando precisando de natureza me abraçando de tudo quanto é lado. E ficar lá escutando o que as coisas dizem.

Mas estou mais tranquilo. Aprendendo a aceitar o Destino. Tô conseguindo pensar assim, no Destino, e é bonito, porque não vem de uma forma tão determinista quanto aquilo de já está tudo definido não. Não sei explicar... É como abraçar e deixar-se levar menos queixosamente pelos acontecimentos...

Ainda tô aprendendo a ser humano. Depois vou ver se aprendo a ser outra coisa. Ou talvez esses aprendizados aconteçam ao mesmo tempo. Heheheheh...

E a saudade é dor pungente, morena.

Beijo!

PS: O título se refere ao que um Samana sabe fazer, de acordo com Sidarta, do Herman Hesse. Leia que vale a pena!

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