23 de junho de 2011

De Sistemáticas & Da Vida

Nós temos que nos lembrar da vida humana em meio aos nossos sistemas mercantis. Criamos estratégias para isso, mas essas se perdem como incômodos do sistema, ou como passos para nos assegurar que não entremos em outro sistema - como o jurídico, ou o criminal (se é que alguma vez saímos de um sistema, não é... como não estar dentro do sistema jurídico, mesmo do que ele considera legal, ou então do que lhe escapa? Como não estar no sistema criminal, mesmo por aquilo que é definido como "não crime"? Uma sociedade formada por categorizações que conduzem a sistemas que conduzem a vida por caminhos pavimentados, por calhas endurecidas, funciona assim, e então vivemos tentando nos encaixar naquilo que nos é mais confortável ou, como é minha busca, escapar a esses encaixes).

Então as estratégias ficam apreendidas nessas sistemáticas, nessas precauções, e perdem-se enquanto sinalizações daquilo que poderia ser mais óbvio: que agentes & sujeitos dessas ações são seres humanos, e mesmo antes e depois disso são vidas, e que o que se faz sempre é relação humana - ou, antes e depois disso, é ponte para a vida ser expressa. Como, junto ou fugindo dos sistemas, se vive o vivo?

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