8 de maio de 2011

Por um nomadismo contemplativo

Tudo anda tão rápido. A aparência é de uma vida que vem de fora, de estruturas e organizações que pressionam e puxam simultâneamente. As respostas são multitudes de falas, a prodção incessante de discursos, que tentam dar conta da vida apreendida pelo fazer do ter de fazer.

É preciso tomar o tempo em uma produção de diminuição de velocidade. É preciso tomar as falas pela necesidade de respiros, de tomar os discursos pelo estado de silêncio. Largar mão dos absolutos e só apreender a vida através de dinâmicas de incerteza.

Assim, escrever como quem cruza fronteiras, tantas e tantas vezes, até que se retome os ambientes como espaços intraçáveis. E entõ que a própria visão visão de fronteira desapareça... e ela se torne, no máximo, um litoral.

2 comentários:

Julianna Dale Coutinho disse...

é isso... e sincero.

cintilante disse...

Ninguém fica em silêncio quando se está constantemente habitado por multidões.