12 de novembro de 2008

Primavera em despertos

Um dia como hoje é de soltar todas as crianças num espaço com grama, todas as crianças internas em um espaço infinito, todas as crianças libertas para que sejam belas, para que sejam crianças. Correr o vento, abraçar o Sol, sentir os cheiros do tempo, tempos de antigamente feitos presente, tudo um presente, tudo agora.

Um dia como hoje é de chorar o desespero de lugares fechados, chorar o adulto que nem percebe o que se sucede, lá fora o mais adentro, seu avesso a pura superficialidade cinza, e a criança que bate no peito adormecido como em barras. A pele que não o sente chorar, que o mundo feito liberdade não penetra nesse prédio asséptico, porque liberdade em verdade não briga de frente, apenas transita, implode, suspira e corre...

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