12 de junho de 2007

Vívido

Universo irrompe, explode, estoura. Entona vibrações de mil canções mais antigas que o homem, mas renascidas com ele desde que tomadas no corpo. Universo me rasga de verde e ar, a terra treme e meus olhos descolam a aperecerem novas cores. Meu coração acelera descompassado com a abertura de meu peito, desacostumado com tamanha reverberação de mundo, tamanha abertura que aos poucos se anuncia. Meu coração respira. Solta prantos a muito guardados, relaxa músculos distendidos, alonga a si mesmo. Meu coração, de leve, grita, e com sua voz vai aprendendo. Seus passos aos poucos se ritimam aos da Terra. Trêmulo fica estável, girando ganha consistência.

Meu coração ensaia sua dança. Eu acompanho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que isso cara, lindo demais seu blog! Fiquei surpreso em saber que postou "os botos..." aí, ano passado. Naquele poema Querença, não é "voas" e sim "voar"! Pô, felizão tu me deixaste!