13 de junho de 2007

na esquina de olhares

nunca saio impune de um pedinte de esquina. já foi só chatisse, hoje é sempre um aprendizado de vida, de contato, sempre uma incomodação de vida, de contato, de ter que pensar sobre as coisas, de ter que sentir olhares.

há uns quatro meses Daniel de todo coração me disse que eu não mais olhava nos olhos daqueles que me pediam coisas pra dizer "não". de todo coração quebrou o meu me apontando, e eu não mais deixei de olhar e comover.

como ver. é difícil.

faz pouco me dei conta que é mais fácil dizer não praqueles olhares que mais se aproximam do que para os mais distantes, aqueles que utilizam de um comportamento agressivo como tática de conseguir seus trocos. mas é ridículo; prefiro me constranger de afetos bons do que de afetos ruins - ou lidar com esses constragimentos de formas mais apropriadas.

dizer sim ou não são questões constantes. experimento as duas. passou a ser um exercício quando cada qual, então. e contato. e vida. e incômodos.

nunca saio impune de um pedinte de esquina.




tirinha de Liniers

Nenhum comentário: