4 de dezembro de 2006

Na partitura: "Toque como uma Fuga"

Tão pouco que sejam, as palavras são magnânimas. Tem o poder de definir.

Nada contra a definição, é uma importância de viver. Mas dado que a vida é um mistério inapreensível, qualquer definição será no mínimo uma imprecisão.

Somos radicalmente inseguros. Ou isso ou tudo é simples inércia, difícil dizer. Mas de alguma forma o poder de definir faz parecer que a vida é sim apreensível, passível de regramentos; que a vida é entendível esquematicamente - porque nossa racionalidade foge de outras consciências não-racionais. Como que a exigir uma segurnaçã radical, simplesmente não vemos que a vida é misteriosa. Assim não a encaramos, ela deixa de ser. Mas o que é mesmo que entendemos disso tudo?

As definições são alucinações. Somos delirantes de realidade.

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