24 de novembro de 2005

Precioso Mundo Seguro

Cada vez que tombava
um metro de medo e dor
saiam da altura da sua barriga

Medo de mundo partido
Dor de mundo quebrado

No chão, aos prantos,
ia remendando os pedacinhos
do seu mundo virado
e torto, e já torpe

O mundo a sua volta
ia prendendo-se assim
Um emaranhado de fios
de sentimentos tão pesados
que não havia espaço
pro mais leve desvario
Um novelo de lógica e esforço
de manter esse admirável mundo novo
tão duramente conquistado

Dias felizes
em que seu mundo
zelosamente seguro
subia a sua volta, fio sobre fio,
e lhe tapava a visão

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