16 de janeiro de 2010

no calar da hora

bate uma angústia
que não disfarça
nem farsa nem folia
a detém
bate uma ansiedade
que abate
a escolha
da hora
feito espora
no lombo do cavalo
corro
dentro do meu corpo
morro
em um esporro
direcionado
a mim mesmo

olha
digo
não faça drama
a noite tece
sua trama
e a distância
ainda mais
é assim
que se faz
aguenta
pequeno
esbrava
no peito
o fio
da navalha
explode
em molde
nenhum
escarra
o coração
não pede perdão
respira!
respeita a vida
e vive


esse velho
que senta dentro de mim
é novo
e sabe
e vive

e eu
apesar do peito
cheio de frio
e tumultos
escuto
respiro
dou meio sorrisos
e aguento

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