11 de setembro de 2007

Harry Potter

Bato palmas e faço uma mesura. Ela ganhou! Me venceu. Estou liquidado e feliz.

Através dos sete livros eu flutuei, vivendo a história como um participante sobre o qual os acontecimentos se projetam. Li todos mais de uma vez, alguns mais de duas. Sempre reli o úlitmo lançado antes de comprar um novo lançamento. Passei a lê-los em inglês britânico, delicioso original.

No sétimo, parecia que eu sabia o que estava acontecendo. Achei que havia captado todos os ganchos. Minhas suspeitas pareciam prováveis, e eu compartilhava sentimentos com Harry enquanto meus pensamentos de leitor se adiantavam na trama. "Será que vai ser isso mesmo?", pensei algumas vezes nas últimas semanas. E isso que, ao contrário dos anteriores, esse sétimo me fez mover-me devagar pelas páginas, até mais de sua metade. Sôfrego, angustiante. Difícil.

Mas, no final, ela realmente me venceu. E muito mais elegantemente do que eu poderia tê-lo imaginado. Acontece que ela não simplesmente me fez errado em todas as minhas hipóteses. Ao contrário, ela me fez certo! E, aí está: levou sua história muito além disso.

Ela fez o que eu imaginava, mas fez muito mais.

J. K. Rowling revelou-se uma escritora de verdade. Narradora de primeira, como vi poucos em minhas flutuações de palavras. E ela o é especialmente não porque, como eu já imaginei, sabe esconder os pontos certos de suas histórias; mas o é porque sabe contá-las, e, ainda mais, quer contá-las. E seu querer é tão genuíno e tão genoroso que ela as leva até onde precisarem ir... muito além do que se pode imaginar...

J. K. R. não só escreve: canaliza. E, assim, tece sonhos que não são só dela. Que delícia poder tecer sonhos coletivos!

2 comentários:

cintilante disse...

ouié!

saudas

Unknown disse...

aiai...

:)