2 de agosto de 2007

fugit urbens

a ansiedade da cidade é ter nossas energias dispersas em velocidades e truncamentos; em ter nossas energias dispersas em não conclusões, retornos que não passam pela gente. não há um retorno senão o neurótico: aquilo que sai da gente, retorno imediato de nossas produções minúsculas, pele de contato, relação. sofremos de relacionamento, perdidos em redes mal utilizadas. velocidade e truncamentos. o mundo passa a ser grande e descontrolado, e nele vagamos como folhas no vento.

fora da cidade, os pés no chão e as mãos na terra é tudo o que precisamos para ver o que criamos. mais pele e contato. o gosto de terra tem milhões de doçuras; é um contra-senso todos os corantes que se colocam nos produtos embalados, afinal de contas.

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