o dia começa
em medo de término
me refugio nessa continuidade
louco
louca eventualidade
que me faz aqui
que me faz
queime
um medo
queima
esquema
esquerdo
só
em um dia acompanhado
não há nada
que dê escondeirijo
quando a solidão
é possível
e o coração
ainda assim
acha companhia
21 de junho de 2009
18 de junho de 2009
fragMundo
O mundo parece louco e perdido. O mundo parece fragmentos autônomos conectados por linhas finas, tênues, frágeis. Linhas de quê? Afetos... histórias... apegos... não faço idéia.
Um mundo de pedaços.
Parece fazer sentido.
Que mistério indescritível
dar conta disso
quando é impossível
que
se
dê
conta.
Um mundo de pedaços.
Parece fazer sentido.
Que mistério indescritível
dar conta disso
quando é impossível
que
se
dê
conta.
10 de junho de 2009
a luz apaga
é passada a hora
o filme fica preso
dentro do peito
vira companheiro de densidades
uma vida externa a carregar comigo
mais uma, ao menos
eu e minhas muitas vidas
a serem carregadas
toca no computador
"venho pra levar
os amores que fiz nessa vida"
são minhas palavras, mesmo não sendo
meu coração as dá para mim
não parece haver nada
mais legítimo
que isso
(referências: Donnie Darko, Os The Darma Lóvers)
é passada a hora
o filme fica preso
dentro do peito
vira companheiro de densidades
uma vida externa a carregar comigo
mais uma, ao menos
eu e minhas muitas vidas
a serem carregadas
toca no computador
"venho pra levar
os amores que fiz nessa vida"
são minhas palavras, mesmo não sendo
meu coração as dá para mim
não parece haver nada
mais legítimo
que isso
(referências: Donnie Darko, Os The Darma Lóvers)
5 de junho de 2009
Réquiem de Sexta-Feira
toda hora
embora
um fluido
vaza
enchendo
algum receptáculo
seja o balde
ou o mundo
esbarro no muro
do fim do dia
a euforia
se foi de mim
fico
nesse estado cheio
meio frágil
há uma doçura em tudo
há espaço no balde
quando o mundo traga o líquido
e no líquido
quando se agita de ar
há uma doçura também no fim do dia
nessa melancolia
na solidão
deixada
pela falta da busca
de companhia
há doçura também
no vai passar
mas durante
o passo
não há nada
ar, talvez
um balde cheio de vazios
espio
o umbigo
às vezes sinto ele o mundo
às vezes só
suspiro
o dia chega em noite
passa ela
noite
moça imaginada
eletrola de uma dança
hoje não dançada
passarela
passo eu
janela do umbigo
perdido
senão ferido
nessa carênciazinha
que se faz longe
cheio de vazios
ao longe
não tem fim em pequenezas
suspiro
há doçura em tudo
e um gosto enorme
em se aninhar nas próprias
cobertas
embora
um fluido
vaza
enchendo
algum receptáculo
seja o balde
ou o mundo
esbarro no muro
do fim do dia
a euforia
se foi de mim
fico
nesse estado cheio
meio frágil
há uma doçura em tudo
há espaço no balde
quando o mundo traga o líquido
e no líquido
quando se agita de ar
há uma doçura também no fim do dia
nessa melancolia
na solidão
deixada
pela falta da busca
de companhia
há doçura também
no vai passar
mas durante
o passo
não há nada
ar, talvez
um balde cheio de vazios
espio
o umbigo
às vezes sinto ele o mundo
às vezes só
suspiro
o dia chega em noite
passa ela
noite
moça imaginada
eletrola de uma dança
hoje não dançada
passarela
passo eu
janela do umbigo
perdido
senão ferido
nessa carênciazinha
que se faz longe
cheio de vazios
ao longe
não tem fim em pequenezas
suspiro
há doçura em tudo
e um gosto enorme
em se aninhar nas próprias
cobertas
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