25 de maio de 2009

Na língua no céu da boca

tudo se mistura, em uma vida cheia de contágios
tudo se mistura, quando a pele se abre em poros de intensidade
quando encontros tomam contato
quando contamos mas nos perdemos e misturamos no errar o número
tudo se mistura

páro
verifico
o pneu cheio é parte alívio
parte orgulho ferido
de estar mesmo sem fôlego

tudo se mistura
entre encontros
e flutuares

asfalto passando rápido
ora moto na estrada
ora a bicicleta traduz a cidade em alguma diversão de fluxo

me misturo
solavancos solenes
gostos no céu da boca de memórias
cheiros de futuros desde passados

me misturo
com tudo
e tudo se mistura
de novo

misturado
assumo

não tem fim
esse poema

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