Todo encontro
tem um calor
de inegável sexualidade
Está aqui
e canta
Somos meio bobos
enquanto poderíamos
ser bobos completos
pra dançar esse canto
ou, pelo menos,
com ele ficar feliz de verdade.
Mas somos meio bobos.
Entendemos o canto
no que há de estridente
como grito
Entendemos o canto
no que há de feio
de direto
cortante
de presente
faiscante
de rebuliçante
de estrondoso
de incerto
certeza
de avassalado
quebradiço
suave
exposto
claro
absurdo
quente
quente
Entendemos o canto.
E como idéia
não ouve
tapamos
os ouvidos.
Morre, canto
em idéia
corpo
não dança...
29 de maio de 2009
28 de maio de 2009
Me ocorre agora
que vou chegar da onde saí
e é por ti
corpo
que euspírito
que vou chegar da onde saí
e é por ti
corpo
que euspírito
26 de maio de 2009
27 Outonos
bate um vento
o dia abriu em Sol
meu coração tem uma felicidade serena
é isso
27 Outonos
a vida não se conta
mas a gente teima
e às vezes
quando a gente conta
a vida vibra
que a gente sente...
o dia abriu em Sol
meu coração tem uma felicidade serena
é isso
27 Outonos
a vida não se conta
mas a gente teima
e às vezes
quando a gente conta
a vida vibra
que a gente sente...
25 de maio de 2009
Na língua no céu da boca
tudo se mistura, em uma vida cheia de contágios
tudo se mistura, quando a pele se abre em poros de intensidade
quando encontros tomam contato
quando contamos mas nos perdemos e misturamos no errar o número
tudo se mistura
páro
verifico
o pneu cheio é parte alívio
parte orgulho ferido
de estar mesmo sem fôlego
tudo se mistura
entre encontros
e flutuares
asfalto passando rápido
ora moto na estrada
ora a bicicleta traduz a cidade em alguma diversão de fluxo
me misturo
solavancos solenes
gostos no céu da boca de memórias
cheiros de futuros desde passados
me misturo
com tudo
e tudo se mistura
de novo
misturado
assumo
não tem fim
esse poema
tudo se mistura, quando a pele se abre em poros de intensidade
quando encontros tomam contato
quando contamos mas nos perdemos e misturamos no errar o número
tudo se mistura
páro
verifico
o pneu cheio é parte alívio
parte orgulho ferido
de estar mesmo sem fôlego
tudo se mistura
entre encontros
e flutuares
asfalto passando rápido
ora moto na estrada
ora a bicicleta traduz a cidade em alguma diversão de fluxo
me misturo
solavancos solenes
gostos no céu da boca de memórias
cheiros de futuros desde passados
me misturo
com tudo
e tudo se mistura
de novo
misturado
assumo
não tem fim
esse poema
13 de maio de 2009
Minha cabeça
traça fio sem metáfora
A idéia me perde
Sonho em dia
e imerso
não dissocio
vida e poesia
vida e dor
vida e eu
imensidades...
Traço fio
trago fraco
vazio
Um frio
e eu
esguio
sem dor em dor
sem dó
escorro, escolho
encolho
perco a linha da peça
o silêncio
me poesia
traça fio sem metáfora
A idéia me perde
Sonho em dia
e imerso
não dissocio
vida e poesia
vida e dor
vida e eu
imensidades...
Traço fio
trago fraco
vazio
Um frio
e eu
esguio
sem dor em dor
sem dó
escorro, escolho
encolho
perco a linha da peça
o silêncio
me poesia
10 de maio de 2009
certo Dormingo
levo pedaços de pessoas comigo. por vezes, dói. pessoas precisam de significados para serem levadas. pessoas tem significado, passado pra mim via pele aberta, via corpo às vezes aberto demais. pedaços, porque difícil é levar pessoas inteiras, porque os tempos se impõem de maneira severa, porque tudo rui a cada partida e o ruir é ressentido quando não desapego, quando ainda espero, quando me prendo um tanto e acabo não presente na fluidez que também me marca.
pedaços tem pontas. pontas de significado que ficam pinicanicando.
acordo enredado em sentimentos. um pouco difícil sentir. e isso é tão bobo que não sei explicar. como estar sofrendo com o que se gosta de ser.
o gostar sendo descrição, discurso não basta. e dá raiva a imensidade disso.
hora de pedir socorro. um tempo em choro, lamento, drama. acesso a genuidade. respiros, sempre os amados respiros. e sono. quando der pra dormir.
um fechamento-consolo, abraço em si mesmo. quando falta carinho, acha-se um carinho interno. quando me dou esse tempo. acaricio a mim mesmo. me consolo. um pouco triste fazer isso sozinho, tanto quanto também é maravilhoso. (talvez seja sempre um auto-carinho, que a gente tem que permitir o carinho alheio, que a gente sente ele e nosso sentir é nosso.)
respiro, amado suspiro. vamos de novo. detrás, sempre tem um sorriso compassivo, quando se chega a ele.
quando se chega a ele.
pedaços tem pontas. pontas de significado que ficam pinicanicando.
acordo enredado em sentimentos. um pouco difícil sentir. e isso é tão bobo que não sei explicar. como estar sofrendo com o que se gosta de ser.
o gostar sendo descrição, discurso não basta. e dá raiva a imensidade disso.
hora de pedir socorro. um tempo em choro, lamento, drama. acesso a genuidade. respiros, sempre os amados respiros. e sono. quando der pra dormir.
um fechamento-consolo, abraço em si mesmo. quando falta carinho, acha-se um carinho interno. quando me dou esse tempo. acaricio a mim mesmo. me consolo. um pouco triste fazer isso sozinho, tanto quanto também é maravilhoso. (talvez seja sempre um auto-carinho, que a gente tem que permitir o carinho alheio, que a gente sente ele e nosso sentir é nosso.)
respiro, amado suspiro. vamos de novo. detrás, sempre tem um sorriso compassivo, quando se chega a ele.
quando se chega a ele.
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