1 de julho de 2007

Tempo Foi

tempo passou já se foi, eu não queria que fosse
tudo pra mim terminou-se
e eu não sou mais o que era
a estância virou tapera
e que era chucro amansou-se
e agora só o que me resta
é a estrada pra bater casco
um dia me deu saudades...
(Iacã)


vai ao longo do caminho, amigo
portando teu estandarte
vermelho coração
e por mais triste que seja teu rosto
por mais tristezas que guardem teu sorriso
a Terra que abraça teus pés
sempre rege a celebração que vem
da tua vida

tua vida
cheia de tristezas
asperezas
para além da muita alegria
é mais rica
do que qualquer uma
porque nos enche a todos
e a ninguém
(enche o ar entre nossos corpos)
de uma energia que
ciência nenhuma explica
mas a gente sente sem titubear

leva, amigo
esse estandarte
cor-de-sangue
esse estandarte vermelho
como tua alma explosiva
e segue

celebra cada passo
cada tristeza
cada alegria
como quem faz em elegia
aos que foram
a maior homenagem
de quem ainda vai ir:

"nos esperem,
queridos,
que a gente só sai daqui
quando tudo for vermelho-fogo
incendiado com nossas presenças
arrebatado de nosso amor
e, com nossas mortes
um pouco mais vivo
do que antes"


(homenagem pra ti,
amigo-irmão
com uma canção
que sirva
do melhor abraço
um que diga:
te amo!)

2 comentários:

alice disse...

oi, doce!
tenho duas boas notícias.

uma é essa:
http://ritaapoena.zip.net/hoje/

e a outra é:
trouxe tuas coisas (menos a caneca, que fugiu ninguém sabe pronde foi.)

Anônimo disse...

o menina, esqueceu de comentar a maestria de poema! Quase fiquei de ciúme! Não fosse o fato de ser o Iacã a peça...grande menino/homem esse! Rapaz, acho que ciúme virou inveja de palavras tão lindamente encadeadas! Mas não não...compartilho mesmo é da irmandade! Grande abração amigo pedro das belas palavras, e amigo Iacã de belo coração!